sexta-feira, 29 de maio de 2009

A copa do mundo é nossa.

Rapaz...de cada dois comerciais, um é de Eduardo da Fonte com a "copa do mundo é nossa".

Será que ele planeja alguma candidatura?

Impressionante.

O que quer que seja, desde que com seriedade, pelamordedeus.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Ana Botafogo?

Ontem fui convidada para ir ao Balé. Uma amiga recebeu ingressos e lembrou imediatamente do amor que tenho pela dança.

A idéia era ver Ana Botafogo solar com o corpo de baile do Teatro municipal. Só a idéia. Ana Botafogo que é bom, nada, tava doente.

De verdade eu não faria questão, mas achei o espetáculo fraco, o enredo fraco e, para um tema como Amazônia, onde índios e passarinhos compunham o palco, o pas de deux tinha que ser de um par de branquelos, né? Incrível.

Mas foi um programa divertido, estava ao lado de duas grandes e divertidíssimas amigas que me fizeram rir o espetáculo inteiro:

-Como é essa viagem aí? Eu não to entendendo nada.
-É assim, amiga: todo Balé tem uma mocinha que faz doce para o mocinho. O mocinho, por sua vez, sempre tem um concorrente que dança pra cacete, tal como ele. E eles ficam saltando para ganhar a gatinha e impressionar a platéia.
-Aí ela sempre escolhe o bonzinho e eles dançam no final.
-Ah...
-E eles não transam...apenas dançam...
-Ah...

Depois:

-Eita Peri arrumadinho do cacete...
-Peri?
-
É, todo índio boçal se chama Peri.
-Hum... Tem umas perninhas aprumadinhas, Peri.

Depois:

-Solo meio demorado, não?
-...é...
-Meu namorado, aqui, iria estar feliz da vida.
-Mesmo?
-Sim, uma musiquinha calmiiiinha. Ele estaria dormindo tranquilamente.
-O meu puxaria o coro: Cai! Cai! Cai!
-Hahahaha.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Conjuntivite.

No elevador:

-Tá com conjuntivite, é?
-Não, por quê?
-Os óculos escuros.
-Era só o que faltava...e só usa óculos escuros quem está com conjuntivite?
-No elevador? Só os enfermos e os sem-classe.
-Ou seja, unhum...eu não estou com conjuntivite, portando...
-Pois é...

Nesse momento o meu colega sem-classe vira-se para o passageiro ao lado:

-Senhor, com licença, o senhor está com conjuntivite?
-Sim. Classe, eu tenho.

Voltaram-se para mim e estava eu, de óculos escuros e louca pra sair do elevador.

domingo, 24 de maio de 2009

Até amanhã.

Tive que fazer uma viagem rápida.

É, foi muito corrido, deixei o Brógui de lado mesmo.

Amanhã tiro o atraso.

:**

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Amor e Girassóis de Monet.

Na sala de espera. Chega a minha mãe.

-Quantas pessoas, filha?
-Seis na minha frente.

Papo vem, papo vai...

-Mãe, será que é sério? Eu era mais corajosa quando criança.
-Não, não é sério, e você ainda é corajosa, tal como quando criança.

Entro na sala do médico e ele diz que não é nada, mas, antes dos dois suspiros de alívio, completa: "Investiguemos, porém. Não é nada, mas a certeza virá com os exames".

Exames...

Bom, em carros separados, a despedida. E a chuva força a entrada rápida, sem olhares.

Eu, enquanto me convencia de que de fato não é nada, pensava em coisas.

É, c-o-i-s-a-s.

Aquelas que não fiz e quero fazer. Aquelas que fiz e quero repetir. E aquelas que gostaria de nunca ter feito.

Pensei no fim de um namoro, no filho que ainda não tive. Pensei nos girassóis de Monet que eu nunca vi ao vivo, e na Grécia, não para mim, mas para levar a minha mãe.

Pensei na ruga da testa dele, que eu vivo pedindo para que seja desfeita.

Pensei na comemoração dispendiosa do momento mágico, que vai estar lá na minha memória, quando o dinheiro não valer mais nada.

Pensei nas pessoas que sumiriam se eu sumisse. E descobri que essa seria a pior parte.

E em meio a tudo isso, em meio a esses pensamentos que molham o rosto até que venha aquela desagradável sensação de aridez, pensei em como é bom quando está tudo bem.

Na agradável monotonia da falta de novidades.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Dor de cabeça masculina.

Uma amiga, desabafando:

-Não sei o que fazer. Eu não sou nenhuma viciada, mas quero toda noite. A não ser que o cansaço seja insuportável, mortal.
-...
-Sou uma mulher-homem. Tanto a ponto de ele ter que inventar dor de cabeça, que é típico de mulher. E eu tenho certeza que ele inventa.
-Certeza?
-Claro, dor de cabeça que só vem à noite, bem na hora do “venha cá meu nego”?
-É, pode ser que ele invente.
-Pode ser? Semana passada ele me disse que estava com dor de cabeça, que ia colocar uma bolsa de gelo e ver o futebol, pra passar. Ofereci um remédio e ele disse: já tomei dois comprimidos, amor. A cara de “amarelo” dele não escondia a farsa.
-É, ele inventa. Mas também, tinha o futebol, né?
-Mulher, ele odeia futebol.
-Tem certeza?
-Tanta certeza quanto a da dor de cabeça inventada, não é possível que ele tenha dor de cabeça toda semana...
-Estranho o cara fugir, né? Eu sempre achei que isso fosse coisa de mulher mesmo.
-É. Estranho demais. Será que ele tem outra?
-Não sei, mulher, procura não fantasiar. Ele anda cansado, preocupado, sei lá.
-Ou então com outra.
-Não fantasie, mas...ele tá chegando tarde, coisa assim?
-Não, sai do trabalho e vem direto. Almoça em casa, com as crianças.
-Hum...acho que é cansaço mesmo. Ele te nega todo dia?
-Não, uma vez por semana, mais ou menos...
-E tu queres todo dia?
-TODO.
-Amiga, ele não tem problema algum, e não tem outra. Ele precisa é variar de doença, só isso, porque sempre dor de cabeça, é de lascar. Mas se ele falar em dor de barriga, manda ele levar a TV pro banheiro, pra ter o que fazer enquanto foge de você...Deus me livre!

domingo, 17 de maio de 2009

Tempos de solteiro.

Acho uma delícia quando você conhece um cara caseiro (na noite, é claro), vive doida pela farrinha que ele nunca quer fazer, e, conversa após conversa descobre que caseiro mesmo só agora, que tem o que fazer em casa, com você.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

E o mundo girando...

Eu, no hospital, visitando uma amiga com problemas na perna. O irmão e a mãe de prontidão, fisioterapia, massagens, e a vista de uma janela.

Janela para o viaduto Joana Bezerra, carros indo e voltando do Bairro de Boa Viagem, correndo, em ritmo de final de expediente.

O mesmo expediente que eu tinha acabado de cumprir, e a vista da janela denunciava que lá mesmo, onde trabalho, ainda tinha gente apagando as luzes.

Luzes, que acho que não estão clareando a minha cabeça para assuntos muito subjetivos.

Amigos tristes pelo fim de uma relação, uma amiga pipocando de felicidade com o novo namorado.

A outra achou um cão, na sua porta, e agora não sabe o que fazer para mandá-lo embora.

Reuniões difíceis no escritório de meus pais. Cunhada arrumando apartamento.

Eu, desistindo de vez da bicicleta, se é que me entendem, e resolvendo o que vou fazer com o meu próprio cão.

Os estudos, o trabalho, a ginástica, o sorvete.

E amanhã podia ter um post igualzinho a este, com tudo acontecendo diferente, nesse mundo tonto.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Decisões.

Se eu pudesse falar para todas as pessoas, absolutamente todas, bem baixinho, no ouvido de cada uma, para que as minhas palavras entrassem em suas cabeças e não saíssem nunca mais, falaria de decisões.

E diria que elas influem no futuro, mas que jamais são definitivas, por mais que você passe horas, dias e noites com medo de tomá-las, por receio de sofrer suas consequências para sempre.

Diria que as decisões, depois de tomadas, fazem com que você entre em um túnel, e que por mais que certas coisas em que acreditava mudem, você só vira à esquerda, se o túnel oferecer essa opção. E você vai aceitando, aceitando e aceitando, em respeito à sua própria decisão.

Diria que nunca vai ser perfeito, e que o outro caminho também não seria, por mais que você se incline a pensar que se tivesse optado diferente a vida seria mais feliz.

Diria que em busca da felicidade é completamente aceitável optar pela marcha ré.

Mas para dizer essas e outras coisas, para todas as pessoas, todas mesmo, precisaria que a minha boca chegasse aos meus próprios ouvidos, e que as palavras ficassem aqui mesmo, passeando pela minha cabeça.

Só para decidir tranquila.

domingo, 10 de maio de 2009

Padre Fábio de Melo

Roupa de Matrix, música de outro Fábio, o Júnior.

Estilo Júlio Iglesias de "sentir a música" quando está cantando.

Contrato com a Som Livre, 12 discos gravados, milhares vendidos.

Com tudo isso, é claro, ele pode pegar quem quiser.

Alguém se arrisca em apostar por quanto tempo ele continua padre?

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Linhas.

Alguém tem uma técnica especial para quebrar cartão de crédito?

***

Eu saí com as meninas ontem. Mais um garçon feliz na cidade do Recife.

***

Danilo Gentili, do CQC (praticamente o único programa que presta na televisão brasileira), está me seguindo no twitter.

Ou é ele mesmo, ou tem quase 40 mil pessoas seguindo um fake.

Agora, Zé Pimentel e Samir Abuana (?) é mentira.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Lei Maria da Penha.

-Doutora, posso falar com a senhora, por favor?
-Gabriela.
-Hã?
-Sem doutora e sem senhora.
-Aaaah...he...tá bom.
-Pode falar.
-Sim, é assim sabe? Eu tenho um companheiro de mais de dez anos e ontem ele me bateu. Coisinha pouca, puxou o cabelo, apertou o braço, mas nem deixou marca nem nada.
-...
-Não é a primeira vez e eu não quero que ele vá preso, mas quero que ele saia de casa, e ele não sai.
-...
-Aí, se eu “botar” ele na “Maria da Penha”, tenho que esperar que ele vá preso ou o juiz manda ele sair de casa agora mesmo?
-Eh...
-É Dout...Gabriela...é difícil na terra do “um salário mínimo quando muito”, um sofrimento.
-Eh...
-Acho que eu vou tentar “cunversá” com ele denovo. Obrigada, viu? Tchau.
-...

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Atenção para a falta de modéstia do post abaixo. Tente você também, é o melhor calmante da face da terra.

Dia de princesa.

Entro no carro, uma cólica danada. Ligo o som e, contrariando a rotina do meu gosto pessoal, a musica é alegre, daquelas que fazem você amar o dia inteiro, com o seu trânsito, uma eventual lembrança desagradável e a correria sem fim.

Ótimo, o remédio começa a fazer efeito e a cólica vai dando lugar a um alívio leve, discreto.

Aí você olha pro espelho e saca um rímel, e um batom. Sim, minha pele está ótima.

A pequena retenção no começo da ponte é o tempo certinho. Pouco rímel, pouco batom, só pra dar uma corzinha.

Uma última olhadinha no espelho. Linda!

Linda mesmo. Muito.

Mal em estar completamente satisfeita com o que papai e mamãe esculpiram com tanto carinho? Nenhum.

Ninguém precisa olhar, ninguém precisa dizer. Eu acho e pronto.

Aí eu estufo o peito, coloco a bolsa cheia de cacarecos no ombro, caminho devagar, e sorrio para o dia.

Sou basicamente uma princesa em meio a um dia de cão.

Cabeça é tudo.


(e eu tô cuidando da minha)

domingo, 3 de maio de 2009

Biscoito sem ovo, por favor!

Aí chega o menininho da alergia a ovo, com um pacotão de biscoitos na mão e o dedinho em cima do prazo de validade, escorregando por cima da data e dizendo: Paaaaiii, posso? Tem escrito “biscooooito seeemm ooovo”.

***

Todo mundo tem na vida aquele momento “eu era feliz e não sabia”, né?

Pronto, o meu era quando eu não sabia o que era concurso público.