segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Um pouco sobre traição.

Estava assistindo a um programa de debate sobre traição. Algo do estilo "contar ou não contar, eis a questão".

Não defendo a traição, em primeiro lugar, em hipótese alguma. Mas antes que desabem universos sobre a minha cabeça, esclareço: sim, eu sei que ela acontece, e até com um certo grau de inevitabilidade, eu diria.

Mas para olhar para a pessoa que você ama (sim porque o amor é independente dos atropelos do convívio) e dizer que traiu, o infiel precisa estar investido de uma frieza, um sadismo, uma sede de alívio de consciência, ou qualquer outro sentimento que não parece algo saudável.

É, porque ficar junto depois de uma traição e exigir que o traído perdoe sem mencionar o assunto novamente, é impedir que ele manifeste a tristeza pontual e eterna, mesmo que esporádica, que ele vai sentir. Isso é sacana. E deixar desabafar sempre que necessário é autorizar a ruína futura.

Contar e terminar a relação é fulminar, trucidar, dilascerar alguém que já vai sofrer loucamente a dor do abandono.

Bem, eu, como defensora da verdade mesmo que cortante, sugiro que conte. Sempre tenho a impressão de que eu contaria.

Mas, sendo eu a traída, prefiro que o algoz priorize a lealdade aos meus sentimentos. Mesmo tendo feito a grande estupidez de trair o meu corpo.

2 Comments:

Blogger Patrícia Félix said...

A traição é cruel. Não tem alterntiva razoável.

9/28/2009 10:59 PM  
Blogger 27 said...

eu concordo com você.

10/15/2009 12:19 PM  

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