terça-feira, 24 de novembro de 2009

Passado.

Engraçado que eu até acostumei a tomar coragem, agir, melhorar a vida de ambos os lados com aquela atitude em princípio meio incompreensível, e depois ser duramente cobrada por isso, como se não devesse ter feito, até a injusta mágoa passar.

Depois frequentemente ouço coisas do tipo "hoje eu compreendo", "hoje eu sei".

Normal.

Ontem estava na minha longínqua residência sentindo uma certa melancolia.
Queria sair, beber um chopp (é, um chopp), e bater um papo descontraído.

Recarregar as morgadas baterias.

Aí liguei para uma amiga advogada (qualifiquei pra ela se identificar), falei de um assunto bem técnico em franca consulta pessoal, e marquei algo. Já fiquei mais leve só de ouvir a voz dela e saber que eu posso encontra-la, a qualquer momento.

Pensei, então, na solidão que já vivi. Longe de casa, da família, dos amigos de sempre, da alegria das festinhas musicais, e absolutamente sozinha, na maioria do tempo.

Pensei no quanto me deprimi e nas coisas que ouvi quando, ciente de que estava no meu limite, dei um basta.

É... Hoje eu tenho meus momentos, mas, mesmo morando depois da curva, tenho pra onde correr quando o carinho de casa não é suficiente para o momento, mesmo sendo o melhor do mundo.

E é muito bom ter pra onde correr, mesmo que longos 25km.